A QUARTA SESSÃO OU AS AVENTURAS PELO BUEIRO E ALÉM
Aprecie este pequeno resumo dos eventos que se seguiram após a união deste destemido grupo de aventureiros chamado O Unicórnio Saltitante.
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| Efúgio, o principal povoado no Vale das Nuvens |
RESUMO DA QUARTA SESSÃO: AVENTURAS PELO BUEIRO E ALÉM
A noite maltratou Isolda. O jovem mago demorou a dormir, entre livros e fórmulas mágicas, sua mente teimava em voltar aos eventos de horas antes: se eles tivessem ido a fazenda e enfrentado o elfo, Mira ainda estaria viva? A imagem dos dois sentados embaixo de uma árvore em Valalto em um inocente piquenique tornava tudo pior. Ele precisava retornar a fazenda e investigar o local. Se nada desse certo, poderia voltar a vila e verificar se o bueiro por onde o elfo desejava fugir levava a algum lugar. Os demais, um pouco menos envolvidos no drama, se prepararam para o dia seguinte. Talvez enfrentar mais elfos. O mal estar de Lora seguia sendo um ponto de desconfiança para Ketil.
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| Isolda e Mira na infância. |
Lázaro fez suas preces logo ao amanhecer, pois já estava acordado, vestiu sua túnica e desceu as escadas procurando alguém a quem pudesse falar um pouco mais sobre Ixion e alguma passagem profetizante. Assim que todos se juntaram a Lázaro para comer, Isolda fez questão de deixar seu ponto de vista claro novamente: eles tinham 10 dias após a morte de Mira para conseguir que ela fosse ressuscitada. Ou seja, eles precisavam de um milagre em pouco mais de uma semana. Assim, com esse argumento, todos concluíram que ir atrás dos bandidos na estrada para Cataratas ou investigar os kobolds dos campos da colina ao oeste eram coisas que poderiam esperar. Talvez investigar a região de contaminação pudesse esperar menos, pois não sabiam quanto tempo o pai de Gavina permaneceria vivo...
E saíram em direção a fazenda. Mas apenas quatro deles. Isolda foi ao quarto de Lora ver porque ela não tinha saído de lá e descobriu que ela estava ainda muito mal de saúde. Talvez fosse o caso de deixar ela descansar mesmo essa manhã. Assim, apenas pediu que a líder dos unicórnios lhe entregasse a bolsa cabe-tudo para que o grupo tivesse acesso aos itens encontrados até então e pudesse guardar qualquer coisa que achassem na fazenda.
A fazenda ficava a cerca de meia hora de caminhada da vila. O grupo então rodeou o local com o morcego e fez com que o animal entrasse por uma fresta em uma das janelas. Após concluírem que o local estava vazio, entraram. A casa fora local de algum conflito, com mesas quebradas, cadeiras reviradas... E nada de valor havia no local. Isolda analisou o chão da entrada, que tinha muita lama, e após ver a presença de alguns cogumelos típicos de regiões de cavernas, sugeriu que o bando que esteve ali talvez esteja no subsolo da cidade. Lázaro encontrou marcas de sangue humano no primeiro andar, no chão, próximo a um móvel quebrado. No segundo andar, Ketil encontrou um papel com estranhas anotações codificadas e uma situação de cativeiro, desmontado às pressas nas últimas 24 horas. Isolda analisou o papel e foi resolvendo o código. Descobriu as estranhas palavras: G. / Bueiro (3) / Cav. S. (3) / Barracão (2). Era hora de voltar a cidade e investigar o bueiro no beco onde Isolda matou o elfo assassino.
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| A anotação |
O caminho de volta foi silencioso, exceto por Darian reclamando que gostaria de ter ido matar kobolds. Os unicórnios passaram mais uma vez no Minotauro Caído para verificarem a situação de Lora, que seguia mal. Foram então ao beco do bueiro. O bueiro foi facilmente deslocado, o que significava que foi constantemente mexido nas últimas semanas. Uma escada presa na parede descia pelo buraco do bueiro. Ao descerem, o grupo avistou uma galeria ampla de caverna com um pequeno lago de uns 8 metros de diâmetro e que parecia afundar em direção ao centro. O grupo avançou no que parecia ser a única saída da galeria, mas pouco antes de chegarem ao túnel, contornando o lago, o grupo avistou dois vigias: uma elfa baixinha de pele esverdeada empunhando uma maça estrela e um escudo com as bordas laminadas e um orc enorme com um machado de batalha nas mãos.
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| O Orc e a Elfa |
O combate logo começou. A elfa lançou seu escudo pelos ares tentando acertar Ketil, mas ele conseguiu desviar. O escudo rodopiou e retornou a elfa, o que fez com que Lázaro se assustasse e gritasse "Por Ixion!". Enquanto isso, Darian tomava a dianteira e junto com ketil causaram alguns ferimentos importantes a elfa. O orc contornou uma estalagmite e chegou do lado de Darian, com Odina do outro lado. O golpe do orc não foi impressionante, mas o de Odina foi, com a maça acertando com força o braço de Darian, que resmungou "essa doeu". Lázaro então de longe fez uma prece a Ixion que magicamente curou a ferida de Darian. De longe, Isolda conjurava magias menores, com receio de que precisasse de suas melhores magias depois. Em maior número, os unicórnios fizeram valer a vantagem numérica e venceram o combate. Isolda gritou para que os combatentes não matassem o orc. Assim, o último golpe não foi fatal e o humanoide gigantesco ficou desacordado. O grupo tratou de amarrar o combatente desmaiado antes que ele acordasse, mas decidiu não esperar. Era melhor investigar a região antes.
Caminharam pelo túnel por cerca de 10 minutos, quando encontraram uma nova galeria, que tinha um formato de entroncamento com 3 saídas, sendo uma delas por onde vinha o grupo. Na galeria estavam dois humanoides com roupas nobres e um orc baixinho e troncudo de pele vermelha. Um dos nobres também possuia a pele vermelha, e chifres: era um tiferino. O grupo decidiu agir o quanto antes e atacou os sentinelas. Isolda em sua fúria por vingança foi o mais rápido e logo conjurou uma orbe cromática que acertou o jovem de roupas finas do lado oposto da galeria que caiu no chão, morto. A orbe então ricocheteou e atingiu o orc de pele vermelha, que também caiu morto. Isolda se sentiu satisfeito com o resultado e sorriu para si mesmo. Era assim que a magia deveria funcionar. Darian disparou em direção ao tiferino e o acertou com um forte golpe, mas de forma mágica uma labareda de chamas infernais o atingiu quase que em resposta ao seu golpe, queimando-lhe a pele. Preocupado com seu companheiro de frente de batalha, Ketil pediu a Thor que curasse Darian, diminuindo a gravidade das queimaduras. No entanto, o tiferino conjurou uma orbe cromática, o que deixou todo o grupo apreensivo. Se ela ricocheteasse, eles teriam o mesmo destino que os capangas mortos naquela galeria? Por sorte, menos para Darian, ela não ricocheteou, mas Darian sofreu gravemente com aquela magia. Mas o tiferino estava sozinho e o grupo conseguiu derrotá-lo, com Isolda pedindo que o grupo apenas o desmaiasse, afinal, era possível que ele também soubesse de algo.
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| O Tiferino |
Dois interrogatórios se seguiram, com resultados ao mesmo tempo semelhantes e distintos. Os unicórnios descobriram que uma operação de captura e venda de escravos estava acontecendo. Também descobriu que não havia uma grande articulação de elfos na operação, sendo por acaso que os dois primeiros integrantes do Anel de Ferro encontrados fossem elfos. Ketil fez questão de ter essa certeza, inclusive perguntando sobre uma possível participação da barda Lora nesse esquema, o que foi negado. Parecia que tudo estava tranquilo, e Isolda estava bastante animado com as posses retiradas do Tiferino. Ambos prisioneiros pediram clemência e que os deixassem fugir. Quando Darian e Lázaro já estavam satisfeitos com as informações e pareciam confiar no tiferino, Darian sentiu a fúria da vingança contra o Anel de Ferro que matara a sua mãe assumir o controle de si, e ele desferiu um forte ataque contra o tiferino. Mais uma vez o ataque fez com que fortes labaredas o atingissem, e um breve combate se seguiu, com Darian ficando bastante ferido, e o tiferino morto. Isolda não gostou, pois o tiferino havia prometido um favor ao grupo quando eles o encontrassem em Limiar. Também não considerou justo combater um prisioneiro. Lázaro teve o mesmo questionamento moral. Darian apenas sentiu o prazer de mais um integrante do Anel de Ferro morto por suas mãos. Ketil, que vigiava o orc próximo dali, decidiu libertá-lo. Em sua terra, não se combate prisioneiros. Ou os torna escravos, ou os liberta. e preferiu dar-lhe a liberdade.
O grupo se reuniu e decidiu seguir pelo túnel que levava ao local onde estavam os prisioneiros. Poderiam averiguar o outro túnel que levava a saída da cidade em outro momento. No entanto, preocupado com o que viria pela frente, Ketil sugeriu de chamarem a Lora, agora não mais sob suspeita. Enquanto aguardavam, Isolda utilizou de um ritual mágico para identificar a estranha varinha que estava em posse do tiferino: era Cenloth, a Varinha das Cinzas Eternas, uma varinha fabricada com árvores que só crescem nos Nove Infernos... Isolda ficou empolgado. Com aquela varinha de foco arcano, suas magias se tornariam muito mais certeiras...
Restava aos unicórnios aguardarem o retorno de Ketil com Lora para procurarem os sequestrados pelo Anel de Ferro.
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| Cenloth, a Varinha das Cinzas Eternas |







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