A OITAVA SESSÃO OU A QUEDA DO ARQUIMAGO



Onde as lendas surgem do mundo cotidiano e pacato, se misturando com a realidade, e a aventura espreita em cada canto, formou-se a trupe de aventureiros o Unicórnio Saltitante. O destino, ou talvez apenas uma série de eventos casuais, os uniu na nem tão vibrante cidade de Limiar, de 5.000 habitantes, no ano de 1012 do calendário local, no extremo norte do Grão Ducado de Karameikos. Eles não sabiam, mas o caminho à frente os levaria a um pequeno vilarejo e a uma grande teia de mistérios, onde o simples não é tão simples assim, e o perigo se esconde nas sombras.


Aprecie este pequeno resumo dos eventos que se seguiram após a união deste destemido grupo de aventureiros chamado O Unicórnio Saltitante.


Unicórnio Saltitante



SESSÃO OITO: O DRAGÃO BRANCO DA PAZ E A QUEDA DE ALAXUS



Continuando a jornada no Leste, o grupo de aventureiros do Unicórnio Saltitante se aprofundou na Tumba de Alaxus, o Mago Minotauro. O que parecia ser apenas uma incursão contra Kobolds ladrões de gado revelou-se um ninho de criaturas perigosas e, surpreendentemente, um ponto de inflexão diplomático para o futuro do Vale das Nuvens.



Meepo, Skrik e Calcryx





A Diplomacia nas Sombras e a Imperatriz Yusdrayl


Após identificar a presença de Kobolds na câmara infestada de cogumelos, o grupo, liderado pela astúcia da barda Lora, decidiu tentar a negociação antes do banho de sangue. Vestindo-se como saqueadores ou mercenários interessados em acordos e poder, eles adentraram o território inimigo.


A tática funcionou. O kobold Meepo, o guardião do dragão, levou o grupo a um encontro com a líder do clã Kobold, a Imperatriz Yusdrayl, a Rainha do clã Dente-de-Gelo. O diálogo foi tenso, mas produtivo. A Imperatriz, ciente da presença e da força do grupo, estava aberta a uma trégua. A verdadeira surpresa, porém, residia no coração da caverna: um filhote de Dragão Branco, que os aventureiros inicialmente confundiram com uma cocatriz, era o trunfo do clã para um dia retomar o controle nas cavernas do Vale das Nuvens.



A Imperatriz Yusdrayl, Rainha do Clã Dente-de-Gelo



A negociação culminou em um acordo arriscado, costurado por Lora e Isolda: os Kobolds ofereceriam proteção noturna à vila de Efúgio, atuando como uma guarda inesperada, em troca de alimento e recursos que não mais precisariam roubar. O trato era uma aposta, visto que o filhote de dragão de nome Calcryx fatalmente cresceria e se tornaria uma ameaça em médio prazo. Isso se o grupo confirmasse ser poderoso o bastante.


Eles então enfrentaram uma sala cheia de armadilhas mágicas e baús com tesouros de séculos atrás. Entre os tesouros, eles encontraram um anel mágico:  o anel Lhatengwar, que conferia resistência ao fogo, poderes de luz e um contragolpe ígneo uma vez por dia. Faltava ao grupo o teste final: a última câmara da tumba, nunca antes aberta. 


Lhatengwar



O Espírito Guia e o Clamor por Descanso


Entre as câmaras e túneis adjacentes ao lar Kobold, o grupo encontrou uma presença espectral. O fantasma de Eldrik, um espírito local atormentado, materializou-se, oferecendo orientação limitada. Sua alma estava presa àquele lugar por ter sido um antigo aprendiz do arquimago Alaxus, e ele implorou aos aventureiros que destruíssem o "dono" da masmorra, o Mago Minotauro, para que ele pudesse, enfim, encontrar a paz. O destino de Eldrik parecia selado à destruição de Alaxus.


Seguindo o clamor do espectro, o grupo avançou para uma porta que exibia antigas runas mágicas, no final de um corredor com o teto a ponto de desabar. O destino final era a cripta central.


Eldrik, o espírito do aprendiz



A Explosão Final de Alaxus


A câmara principal da tumba era o cenário do confronto final. De lá, emergiram três Minotauros Esqueléticos, sendo um deles o próprio Alaxus, que agora se manifestava como um Mago Morto-Vivo de poder terrível.


A batalha foi brutal. O chão tremeu, o teto da cripta desabou em pontos estratégicos, e a mistura de magias, fúria e fé foi colocada à prova. Darian, o Bárbaro, se lançou no combate corpo a corpo, enquanto Lázaro invocava bençãos e o poder de cura de Ixion para manter o grupo de pé, e Ketil atacava com a força de Thor. Lora e Isolda coordenavam feitiços, lançando Fogo Fátuo e magias de dano, para marcar e enfraquecer os inimigos e tentar equilibrar o combate.


Alaxus em sua forma minotáurica



O esforço custou caro. Recursos foram drenados e os heróis estiveram próximos da derrota em diversos momentos. Contudo, a persistência prevaleceu. Quando o golpe final atingiu Alaxus, a criatura explodiu em uma descarga caótica de energia mágica, deixando para trás apenas a poeira de seus ossos e uma câmara em ruínas.



Combate contra Alaxus



Os Segredos da Tumba e a Jornada de Isolda


Com a tumba limpa e o espectro de Eldrik finalmente em descanso, os aventureiros puderam recolher os achados mais significativos. Além do anel Lhatengwar e de um escudo mágico chamado Solaria encontrados anteriormente, eles encontraram um tesouro de conhecimento: uma coleção de livros em idioma Nithiano na câmara do mago derrotado.


Entre os títulos curiosos como Bestiário das Catacumbas e A Arte da Carne Maleável, a atenção de Isolda recaiu sobre O Códice da Coroa Cornígera e as Crônicas de Domínio sobre o Vale. O Mago, fascinado por seu passado misterioso e seu presente arcanista, decidiu devotar um descanso curto para desvendar os segredos contidos nos volumes o quanto antes.



O Livro dos 99 Nomes



Com a ameaça Kobold transformada em uma aliança incerta, o grupo tomou a decisão final: Lora e Isolda se voluntariaram para escoltar a emissária Kobold, Sarella, de volta à Efúgio, onde iniciariam a delicada negociação política com os fazendeiros e o Patriarca.


A jornada do Unicórnio Saltitante continua, trocando as espadas por tratados, e a Tumba de Alaxus se fecha, por ora, com a promessa de um retorno para desvendar o portal de teletransporte que o Mago havia deixado intacto. Se o grupo se lembrar de investigar isso mais tarde, é claro.


Sarella, a Sábia, embaixadora dos Kobolds



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