SESSÕES NOVE E DEZ OU A INEXPUGNÁVEL FORTALEZA DE DIB

 



Onde as lendas surgem do mundo cotidiano e pacato, se misturando com a realidade, e a aventura espreita em cada canto, formou-se a trupe de aventureiros o Unicórnio Saltitante. O destino, ou talvez apenas uma série de eventos casuais, os uniu na nem tão vibrante cidade de Limiar, de 5.000 habitantes, no ano de 1012 do calendário local, no extremo norte do Grão Ducado de Karameikos. Eles não sabiam, mas o caminho à frente os levaria a um pequeno vilarejo e a uma grande teia de mistérios, onde o simples não é tão simples assim, e o perigo se esconde nas sombras.


Aprecie este pequeno resumo dos eventos que se seguiram após a união deste destemido grupo de aventureiros chamado O Unicórnio Saltitante.



Unicórnio Saltitante



SESSÕES NOVE E DEZ: A INEXPUGNÁVEL FORTALEZA DE DIB



O grupo de aventureiros Unicórnio Saltitante retornou à superfície da Tumba de Alaxus com seus espólios e novas alianças. O Mago Isolda, agora focado em decifrar os segredos dos grimórios encontrados, e seus companheiros — a Líder do Bando, a Barda Lora; o Sacerdote de Ixion, o piedoso Lázaro; o nortista Ketil, Guerreiro e Sacerdote; e o Nobre Irritável, Bárbaro Darian — precisavam se preparar para a próxima etapa de sua jornada, marcada por ameaças crescentes no Norte do Vale das Nuvens.



Os Preparativos em Efúgio e o Milagre da Vida


De volta à segurança relativa da vila de Efúgio, o grupo dedicou tempo a reorganizar seus recursos e planejar os próximos passos. Isolda, obcecado pelo conhecimento arcano, passou horas transcrevendo magias e negociando com o misterioso elfo e escriba local, Sil'forrin Flatoael, no Mercado de Relíquias. Lora, com sua habitual diplomacia, garantiu acordos vantajosos, prometendo fidelidade futura em troca de descontos em pergaminhos e tintas. O grupo também aproveitou para converter moedas antigas e adquirir poções essenciais para a jornada que se avizinhava.


O ponto alto da estadia na vila foi, sem dúvida, o ritual na Igreja da Santa Guarda. Sob a liderança do Patriarca Irmand Toren e com a assistência da jovem sacerdotisa Diana, a alma de Mira foi convocada de volta ao mundo dos vivos. A cerimônia, solene e carregada de poder divino, culminou no retorno da jovem, ainda fraca e atordoada, mas viva — um testemunho do poder que o grupo agora tinha ao seu lado.



O Ritual de Ressurreição



Rumo ao Bosque das Serpes e o Encontro na Estrada


Com os preparativos concluídos e a promessa de investigar a corrupção que emanava do Norte, o grupo partiu em direção ao Bosque das Serpes. No caminho, encontraram duas viajantes, Dilly e Vonnet, fugindo das garras do Anel de Ferro. A troca de informações foi valiosa: as mulheres alertaram sobre bloqueios na estrada e relatos de animais mutantes, confirmando os temores de uma praga mágica se espalhando pela região. O grupo e as viajantes compartilharam um acampamento, garantindo proteção mútua aos terrores do maldito Bosque das Serpes.


A jornada prosseguiu até o ponto em que a estrada foi bloqueada por troncos e uma estrutura bizarra: uma carroça virada de cabeça para baixo, fortificada e convertida em uma fortaleza improvisada. Uma voz grossa e ameaçadora exigiu pedágio em nome do bando dos Esmaga Gnomos.



Vonnet e Dilly




O Cerco à Fortaleza de Dib


O que se seguiu foi um combate tático e perigoso. A fortaleza improvisada era, de fato, uma armadilha mortal. Disparos de flechas surgiam de frestas invisíveis, lanças mecânicas brotavam das paredes e jatos de líquido fervente puniam qualquer aproximação descuidada. Pior que um perigo é um perigo em dobro...


O grupo conseguiu anular os primeiros guardas da Fortaleza, entrar pelo alçapão no teto e desativar as armadilhas, porém, num descuido improvável, saiu da fortaleza e foi recuperar o ar após a batalha, descansando do lado de fora. De um tunel que estava debaixo da fortaleza surgiram novos goblins que reativaram os mecanismos de defesa da fortaleza e o grupo precisava, como Sísifo, empurrar novamente a pedra até o topo da montanha.


O grupo, inicialmente desorganizado após um descanso não concluído, precisou se adaptar. Darian, com sua fúria habitual, liderou a investida física, escalando a estrutura e enfrentando os defensores corpo a corpo, mesmo perdendo sua arma no processo em um golpe excessivamente descuidado. Ketil e Lázaro forneceram suporte vital com magias e ataques à distância, enquanto Isolda experimentava seus novos poderes arcanos.


A resistência interna da fortaleza revelou horrores inesperados: um Goblin Mutante de seis braços e com tentáculos saindo das costas, uma aberração que reforçava as suspeitas de corrupção mágica na área. A criatura era uma visão borrada, com reflexos confusos e uma presença que parecia trazer horrores de planos distantes. Após uma luta intensa, o grupo conseguiu invadir a estrutura, neutralizar os mecanismos de defesa e derrotar os guardiões.


Thog e Wriesyt (a aberração)



O Subterrâneo, o Gnomo e o Dilema Moral


A exploração não terminou na superfície. Um alçapão no chão da fortaleza levava a um túnel subterrâneo. Isolda enviou seu familiar, Blovis, para explorar, mas o morcego foi emboscado e morto por goblins escondidos. O grupo desceu para o confronto final contra o líder do bando, Dib Punhoduro, e seus asseclas restantes.


A vitória veio, mas com um gosto amargo. Ao investigar o covil, Darian, em um momento de impulsividade, ouviu um barulho sob uma cama e atacou de forma intempestiva, acreditando ser um inimigo. O gemido final revelou um erro trágico: a vítima era um gnomo prisioneiro.



Dib Punho-Duro



O incidente gerou um intenso debate moral entre os aventureiros. Lázaro, movido por sua fé, defendeu a ressurreição do inocente, enquanto Ketil questionou o custo e a responsabilidade do grupo diante de tal tragédia. O corpo do gnomo foi guardado, e o peso da decisão — e da morte acidental — passou a acompanhar o grupo.


Com a fortaleza limpa e seus segredos — incluindo uma misteriosa caixa mágica que agia como um cofre de alta segurança — em posse dos heróis, eles conversam de forma um pouco rude sobre que medidas tomar com relação a fortaleza, e sobre como e quando avançar até a borda da floresta. Isolda pede mais tempo para identificar a caixa mágica; Ketil, mal humorado pelo descuido na invasão da Fortaleza e desconfiado da Bolsa Cabe Tudo que, segundo ele, amaldiçoa tudo que guarda, aproveita para se recuperar e reforçar a guarda. Lora então pede que o grupo siga em frente rumo ao Bosque das Serpes, pois não há tempo a perder. Ela ficará por conta de destruir a Fortaleza Inexpugnável de Dib, para que nenhum bandido a use no futuro, e logo alcançará o grupo.


Com o futuro incerto e sem informações sobre o que os espera na área contaminada pela praga mágica, o grupo retorna a estrada questionando quem era o gnomo e se ele poderia ter sido de alguma ajuda diante das aventuras que os aguardam. 



O gnomo (morto por Darian)



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